MINHA CASA, MINHA FÉ

Em meio à pandemia do novo coronavírus paroquianos encontram novas maneiras de permanecer em oração

Por Ana Ronchi – Agência Kharis

A pandemia do coronavírus alterou a vida de todos nós. Rotinas de trabalho, lazer e até mesmo oração foram quebradas. Entretanto, não é porque agora estamos em casa que somos menos ativos. A proposta é fazer o isolamento social prezando pelo bem estar da sociedade e exercitar tanto o corpo como a fé em casa. Veja um pouco mais dessas iniciativas dentro da paróquia.

Luiza Helena Matarelli, coordenadora do Mães que oram pelos filhos conta que a primeira mudança vista foi dentro da própria família. “Tudo era tão corrido, agora passamos a ter mais tranquilidade para fazer as atividades”. A paroquiana relata que tem usado seu tempo para a oração e que o grupo Mães que oram pelos filhos têm se unido (mesmo que virtualmente) duas vezes ao dia, pelo grupo de Whatsapp, às 8h e às 18h.

Espaço de oração na casa de Luisa

A coordenadora conta que normalmente já era postada a oração e o evangelho do dia no Facebook do grupo. O que foi iniciado com a quarentena foram os encontros pelo Whatsapp  às 8h – onde elas rezam o Terço Mariano ou o Terço pelos Filhos, seguido do Terço do Perdão (próprio do movimento). Há também o momento de reflexão da Palavra e das orações escolhidas para o dia. 

“São momentos que estão nos fortalecendo para vivermos juntas este momento em que temos que ficar em casa. E como estão sendo fortes! Estamos vivendo o ano da oração com Santa Teresa de Ávila que achávamos que seria totalmente diferente e que veio a nos mostrar como a oração precisa estar tão mais presente em nossas vidas. Às 18h fazemos a Novena de Nossa Senhora da Saúde (como foi tocado no coração de nosso Pároco, padre Edemar). Às 18h30 direciono o grupo para a fanpage do Movimento para juntas participarmos do Encontro do “Jejum de Daniel”. Ali clamamos para que as mães cresçam espiritualmente no Ano de Oração e os filhos se libertem dos males do mundo. Definitivamente estamos mais unidos. Mesmo que os filhos estejam longe, pelo celular conseguimos nos fazer presente… e em oração sempre!”, conclui Luiza Helena Matarelli. 

Quem também comenta sobre essa nova rotina de orações domésticas é o coordenador do Apostolado da Oração, Alex Evaristo da Silva. Por ter retornado de viagem a trabalho na última segunda-feira foi aconselhado que ele fique em isolamento total, assim sendo, não pode visitar nem os pais, muito menos sair de casa. 

O coordenador comenta que a rotina do Apostolado é se reunir mensalmente na última quinta-feira do mês. Nesses encontros ocorrem a meditação de um trecho bíblico e da intenção mensal que o Papa nos propõe. É também durante essas Além de nos prepararmos para a Missa da primeira sexta-feira do mês, de responsabilidade do Apostolado da Oração.

“O Apostolado da Oração tem como atitude principal ser missionário da oração. Foi assim que o movimento nasceu. Então neste momento difícil, o Apostolado retorna às suas origens. Temos ansiedade de estarmos juntos na Igreja realizando nossas atividades pastorais. Mas o momento atual é de sermos missionários sem sair de casa. Estar em comunhão com o Papa em nossas intenções mensais, adicionando agora uma intenção a mais: orar por todos os profissionais da saúde e por todos os outros que nos ajudarão a sair desta crise, como os jornalistas, os responsáveis pelos abastecimento, etc” reforça o coordenador.

Sobre as medida que vêm sido tomadas pelo movimento Alex Evaristo da Silva ressalta: “temos um grupo de whatsapp que compartilhamos informações e orações com objetivo de manter a atitude de termos três momentos de orações diárias: manhã, tarde e noite – para aumentar a intimidade de nossa amizade com Jesus. Temos também um segundo grupo de Whatsapp, mas este com membros de Vila Velha e de outros dez estados. É um grupo fechado que fiz para meditarmos sobre determinados assuntos. Vamos iniciar esta semana a meditação do Livro de Doutrina e Espiritualidade de Santa Margarida Maria, padroeira do Apostolado da Oração, e que neste ano comemoramos o centenário de sua canonização. O mais importante é ressaltar que vivemos um momento em que estamos separados fisicamente, mas, mais do que nunca unidos em oração com nosso grupo e com o mundo inteiro pela Rede Mundial de Oração do Papa”, conclui Alex Evaristo da Silva.

Além de falar sobre o exercício da fé, neste momento precisamos ressaltar também a necessidade de movimentar o corpo – mesmo que dentro de casa. E com toda essa mudança de rotina por conta do coronavírus, quem também teve o seu trabalho pausado é o professor de Educação Física Neilson Castelo de Oliveira. Seguindo as determinações da Secretaria de Saúde e da Mitra, o profissional, que é o responsável pelo Ginástica na Praça, teve que suspender as atividades.

Neilson Castelo de Oliveira comenta que as atividade físicas oferecem inúmeros benefícios, entre eles a convivência entre as pessoas; o aumento da auto estima; o controle dos níveis de colesterol, diabetes e pressão arterial; além de uma maior disposição para cumprir as atividades da vida diária. E é exatamente por oferecer tantas vantagens que o profissional alertar que precisamos nos manter ativos, mesmo que em casa. 

Ginástica na praça da Paróquia
Bom Pastor

“Na medida do possível vamos tentar mudar (mesmo que momentaneamente) o foco neste momento que estamos sobrecarregados de informações sobre o COVID-19. Aproveite o tempo livre e o espaço disponível em sua casa e se mantenha ativo. Divida seu tempo entre as atividades físicas e cognitivas. Faça caminhada, alongamento, levante pernas e braços, pinte, faça palavras cruzadas, desenhe, leia e escreva, assim será possível manter também um cérebro ativo. Fique em casa, mas não fique parado. Fé em Deus que tudo passará em breve!”, finaliza o educador físico. 

Nos unimos em oração e contamos os dias para que o convívio social volte a se normalizar. Enquanto isso, continue a realizar um ato de fé e amor. Porque quem ama cuida, então  #fiqueemcasa.